terça-feira, 10 de dezembro de 2013

ENCONTRO NA CÂMARA MUNICIPAL DE ARUJÁ DISCUTE REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL‏


O deputado Campos Machado, presidente estadual do PTB, participou, no domingo (8/12) de uma reunião que discutiu a redução da maioridade penal. A redução é uma bandeira que o deputado empunha há mais de 20 anos e que foi retomada este ano.

A campanha pretende coletar 1,5 milhão de assinaturas para a realização de um plebiscito onde o brasileiro vai dizer com qual idade menores de 18 anos que cometem crimes devem ser punidos. 

O movimento pelo "Plebiscito Já" conta com 170 mil assinaturas. Segundo o coordenador político Waldomiro Ramos, já foram reunidas cerca de 20 mil assinaturas na região. 

Participaram do encontro parlamentares, representantes da Polícia Militar e associações de vítimas de crimes cometidos por menores de 18 anos.

Marisa Deppman, mãe de Victor Deppman, assassinado quando um rapaz de 17 anos e 11 meses tentou roubar seu celular, afirmou que a certeza da impunidade é que leva ao crime. O assassino de Victor, por ser menor, cumpre medidas socioeducativas e estará em liberdade em breve.

"Está na hora da sociedade cobrar ações. Unidos, vamos conseguir mudar a lei. Em Brasília tem muita gente surda. Esta bandeira me machuca, mas não vou desistir. A morte de meu filho não será em vão", afirmou Marisa.

"Defendo a punição de menores que cometem crimes. Bandidos de 14, 15 ou 16 anos têm que ir pra cadeia. Qual a diferença de levar um tiro de uma pessoa de 18 anos ou de 14 anos?", questionou Campos Machado.

A partir de janeiro, a campanha, que se concentra no Rio de Janeiro, São Paulo, e no Distrito Federal, vai ser ampliada e deve atingir todos os demais estados brasileiros, segundo informou Campos. 





segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

PTB MULHER NA CAMPANHA PLEBISCITO JÁ‏

No sábado, 7 de dezembro de 2013, militantes do PTB Mulher da Capital da Zona Oeste, reuniram-se na região comercial da Lapa e conseguiram muitas adesões para a Campanha Plebiscito Já para a Redução da Maioridade Penal.




quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Morte de médico reacende debate sobre a maioridade penal

De A Tribuna On-line
*Com informações de Suzana Fonseca 


Dois menores foram responsáveis pelo assassinato
O assassinato do médico Marco Antonio Loss por dois menores de idade, no último sábado, em Santos, reacendeu a discussão sobre a redução da maioridade penal. Em enquete realizada por A Tribuna On-Line, 87% dos internautas acreditam que crimes como este só ocorrem porque os adolescentes infratores estão imunes às leis que punem os adultos.

A internauta Vanessa Borges é uma das que defendem mudanças na lei. “Fico indignada com tamanha violência e banalização da vida (...). Sou totalmente a favor da redução da maioridade penal. Eles roubam, matam, estupram, sequestram e são tratados como crianças. Realmente é uma vergonha”, lamenta.

Assim como Vanessa, o internauta Mário Machado também critica o código do processo penal. “Enquanto não tivermos mudanças drásticas nas nossas leis, vamos continuar a lamentar a morte de pessoas e bem e ainda sustentar paralisas nocivos, como se fossem coitadinhos”.

”Eram menores, mas tinham arma de fabricação Argentina e uso das Forças Armadas. Sabiam dirigir. Os dois se conheceram na Fundação Casa onde já foram internados para recuperação. No local, ao invés de curá-los, os fortaleceram para outros abusos que cometem, ao que parece, com orgulho (...). Esses fatos não só se repetem como se agravam e atualmente estão ultrapassando todos os limites”, critica a internauta Izabel.

Para tratar do assunto, A Tribuna ouviu dois especialistas: o pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo (USP), Fernando Salla, e a doutora em Educação e Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, Rosana Maria César Del Picchia de Araújo Nogueira. O primeiro é contra a redução da maioridade penal, enquanto a segunda a defende.

Contra

“É um debate bastante antigo e, como sempre, polêmico”, afirma o pesquisador do NEV. “Não tem perspectiva de solução, porque o debate sempre fica efervescente à medida que há casos mais chocantes”.

Salla explica que não vê com simpatia a redução da maioridade penal. “O grande problema não é a questão da punição. Na maior parte dos casos, já houve um fracasso generalizado, desde a educação familiar e escolar. Quando tudo isso já fracassou, o jovem vai entrar no sistema punitivo”.

De forma equivocada, na análise do pesquisador, fala-se que o jovem não terá punição. “Em geral, os juízes são severos, impõem internação. Os jovens são punidos. Talvez não na escala com que a sociedade gostaria de ver”, argumenta.

“Colocá-los mais cedo no sistema de Justiça significa amplificar a chance de eles terem mais tempo em contato com o crime”, alerta Salla. “Está, de certa forma, estimulando a inserção deles (no mundo do crime). Temos que fazer com que eles não voltem a cometer infrações. Apostar na oportunidade de ficarem em um lugar em que possam aprender e ter outros referenciais”.

A favor

Já Rosana Maria César Del Picchia de Araújo Nogueira defende a redução da maioridade penal. “Isso está ligado fundamentalmente ao uso de drogas. É condição sine qua non. Nunca vi um infrator não ser usuário de drogas e participante do tráfico. São usados pelo tráfico porque não têm idade para serem presos”.

A cientista política pesquisou jovens moradores da Zona Oeste de São Paulo para seu trabalho de doutorado. E tem uma visão diferente dos motivos que os levam para esse tipo de situação. “O jovem entra nisso porque ele quer”, garante. “Tem que diminuir a maioridade penal. Se tenho capacidade para escolher meus candidatos, também tenho para responder pelos meus crimes”.
Foto de Carlos Nogueira

CAMPOS MACHADO É RECEBIDO PELO PRESIDENTE DO SINDICATO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS, TULIO LIPORONI, QUE ADERE À CAMPANHA PELA REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

São Paulo, 02 de dezembro de 2013 - O deputado Campos Machado, presidente paulista do PTB, fez uma visita à Associação dos Servidores Municipais de São Paulo, presidida por seu amigo trabalhista Tulio Liporoni.
 

O encontro foi agendado pelo pelo presidente do PTB de Casa Verde, José Martiniano.

Antes de apresentar o deputado aos trabalhadores da Associação, o presidente Tulio fez questão que sua filha Adriana Liporoni, que é delegada, conversasse com Campos Machado sobre projetos para incluir o atendimento especializado a surdos e outros deficientes nos plantões policiais.

Depois, Tulio chamou os médicos e profissionais que dão suporte à Associação para um bate-papo, que girou em torno da campanha nacional proposta por Campos Machado para a redução da maioridade penal.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

PAULISTANOS APOIAM REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

Ação realizada na Rua São Bento, na região central da Capital, atraiu a atenção de centenas de pessoas para a campanha idealizada pelo Deputado Campos Machado.





quarta-feira, 20 de novembro de 2013

“APOIO DO PASTOR EVERALDO DIAS, DO PSC, É IMPORTANTE PARA O PLEBISCITO DA MAIORIDADE PENAL”, DIZ CAMPOS MACHADO


“APOIO DO PASTOR EVERALDO DIAS, DO PSC, É IMPORTANTE PARA O PLEBISCITO DA MAIORIDADE PENAL”, DIZ CAMPOS MACHADO

São Paulo, 19 de novembro - O deputado Campos Machado, secretário nacional do PTB e coordenador da campanha apartidária que pede um plebiscito para definir a redução da maioridade penal no país, vai procurar o pastor Everaldo Dias Pereira (PSC), da Assembleia de Deus e pré-candidato à Presidência da República em 2014, para que ele participe do movimento de coleta de assinaturas.

Na semana passada, ao se lançar candidato à Presidência da República, Pereira afirmou ser favorável à redução da idade mínima para penalizar criminosos. A “Campanha Plebiscito Já – Redução da Maioridade Penal”, lançada por Campos Machado no dia 22 de agosto deste ano, em São Paulo, tem como meta reunir 1,5 milhão de assinaturas para que o Congresso Nacional coloque, já no ano que vem, a consulta popular nas ruas.

O movimento conta com cerca de 150 mil apoios e mantém barracas de coleta de assinatura nas principais cidades de São Paulo, Rio e Distrito Federal.

A campanha conta também com a mobilização de várias representações de parentes de vítimas da violência, e tem movimentado a classe política. Mais de cem moções de Câmaras Legislativas, prefeitos, sindicatos e dos mais variados segmentos sociais foram aprovadas entre os meses de agosto e setembro, em apoio à convocação do plebiscito.

“Quero conhecer o pastor Everaldo. Tenho certeza que nesta questão da redução da maioridade penal caminharemos juntos”, afirmou o secretário nacional do PTB.


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

terça-feira, 12 de novembro de 2013

CAMPANHA PELA REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL MOBILIZA POPULAÇÃO EM TODO O BRASIL

EM MENOS DE DOIS MESES, QUASE 135 MIL PESSOAS ASSINARAM DOCUMENTO

O movimento nacional idealizado pelo deputado Campos Machado, que visa à consulta popular mediante plebiscito para a redução da idade penal no Brasil, tem recebido grande apoio da sociedade.
Lançada no dia 22 de agosto de 2013, em São Paulo, a Campanha Plebiscito Já – Redução da Maioridade Penal, tomou corpo a partir de meados do mês de setembro, com a distribuição de folhas de assinaturas, em todo o país, além da publicação de um blog e da confecção de mídias para rádio e TV.
Segundo Campos Machado – Coordenador Nacional do Comitê Pró-Plebiscito, “em menos de 45 dias de atividades, já recebemos 134.571 adesões” (os dados foram consolidados no dia 30/10).
A campanha conta também com a mobilização de várias representações de parentes de vítimas da violência, e tem movimentado a classe política. Mais de cem moções de Câmaras Legislativas, prefeitos, sindicatos e dos mais variados segmentos sociais foram aprovadas entre os meses de agosto e setembro, em apoio à convocação do plebiscito.
BAIXADA SANTISTA LANÇA CAMPANHA COM CÂMARA LOTADA
No dia 22 de agosto, um grande evento realizado na Câmara Municipal da Praia Grande, com apoio do vereador Serginho Sim (PSB), deu o ponta pé inicial à campanha em toda região do litoral Sul paulista. A sede do legislativo ficou superlotada e teve as presenças de várias lideranças, com destaque para as participações de Wilson Caetano, da ONG “Emily, uma paixão pela vida” e de Sandra Dominguez, do “Justiça é o que se busca”.
A estratégia da coordenação é aproveitar também a chegada do verão e intensificar as ações de rua junto à população flutuante que procura as praias da Baixada.
CATANDUVA RECEBE MAIOR EVENTO PARTIDÁRIO
Durante a 15a. edição do PTB Mais Forte, realizada na cidade de Catanduva (no dia 19 de outubro), sob organização do presidente da Câmara Municipal, vereador Marcos Crippa (PTB), mais de 600 pessoas subscreveram o abaixo-assinado. Segundo Marcos Crippa, o maior evento partidário já realizado no Município foi o do PTB”.
No encontro, Campos Machado emoldurou o quadro de medo que assola as famílias brasileiras, diante de uma legislação desatualizada e distante da realidade, em relação a crimes praticados por menores de 18 anos.
Confira o pronunciamento final do deputado Campos Machado:
CAMPANHA DE RUA
De acordo com a coordenação do Plebiscito Já, a campanha ganhará as ruas da Capital paulista e de outros municípios brasileiros, a partir de novembro, com barracas personalizadas.
Fonte: site Campos Machado

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Imagens exclusivas mostram como Champinha vive atualmente‏

Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, entrou para a história policial como um dos assassinos mais violentos do Brasil.

Unidade experimental de saúde. Zona norte de São Paulo. Na última sexta-feira, um homem que está internado, cuida da horta e rega as verduras. E é vigiado de perto pelos funcionários.
As imagens foram mostradas para nove pessoas, que conhecem bem o interno. Todas deram a mesma resposta que a promotora de Justiça Maria Gabriela Manssur.
“Sim, é ele. Tenho certeza”, garante a promotora de Justiça Maria Gabriela Manssur.
"Ele" é Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, que entrou para a história policial como um dos assassinos mais violentos do Brasil.
No próximo dia 28, a Justiça começa a decidir o futuro de Champinha - hoje, com 26 anos.
Para ele, que aprendeu a jogar xadrez enquanto esteve na Fundação Casa, a antiga Febem, vai ser o momento decisivo: a hora do xeque mate.
Champinha passará por uma nova perícia judicial e tentará provar que se recuperou, e que tem condições de voltar às ruas, como um cidadão normal.
A partir de informações oficiais de peritos e de profissionais que ficaram frente a frente com Champinha, o Fantástico mostra uma radiografia completa desse assassino.
Champinha passou a adolescência na zona rural de Embu-Guaçu, na grande São Paulo. Era de pouca conversa e arrumava brigas com frequência.
Quarto filho de uma família de cinco irmãos, Champinha ficou em uma escola da região até os 14 anos. Hoje, ela está desativada. Ele não saiu da terceira série. Não sabia ler e mal conseguia escrever o próprio nome. Chegou a ser apontado como integrante de uma quadrilha de desmanche de carros e suspeito de matar um morador de rua.
Foi esse Champinha, aos 16 anos, que encontrou Felipe Caffé e Liana Friedenbach, no início de novembro de 2003, exatos 10 anos atrás.
O casal de namorados tinha ido acampar e foi dominado pelo menor e seus comparsas. Felipe, 19 anos, foi assassinado com um tiro na nuca. Liana, 16 anos, virou refém dos bandidos.
Foram quatro dias de cativeiro em um lugar pequeno, sujo, sem iluminação.
O Fantástico voltou ao local do crime.
Ela foi torturada e violentada também pelos comparsas de Champinha. O menor obrigou que ela caminhasse pela mata, e em seguida, a matou com 15 facadas.
Ari Friedenbach, pai de Liana: Sem sombra de dúvida que foi o pior momento da minha vida. A Liana era uma menina muito alegre, de riso fácil.
Quatro adultos foram condenados. Paulo César Marques, o Pernambuco, pegou a pena maior: 110 anos de cadeia.
Champinha nunca foi a julgamento. Como punição, passou 3 anos na Fundação Casa.
Em setembro de 2006, quando chegava ao fim a medida socioeducativa, psicólogos forenses, do Instituto Médico Legal de São Paulo, deram um diagnóstico: Champinha tem transtorno de personalidade e comete atos irracionais para ter o que deseja, sem dilema e sem culpa.
Segundo os peritos, existe alta probabilidade de Champinha voltar a cometer crimes.
“A sociedade não merece ter pessoas como ele - e não é só ele assim, infelizmente - que precisam ser retiradas do convívio social”, afirma Ari Friedenbach, pai de Liana.
O laudo do IML foi decisivo para que a Justiça determinasse a interdição civil de Champinha, aos 21 anos.
“O estado diz: ‘você não pode cuidar de você mesmo. Eu vou te guardar’”, completa Ari.
A Justiça decidiu ainda pela internação de Champinha em estabelecimento psiquiátrico tinha que ser um lugar para ele se tratar e de onde não conseguisse fugir.
Para cumprir a ordem, o governo de São Paulo criou a Unidade Experimental de Saúde, na zona norte da capital paulista. É onde o assassino confesso de Liana está até hoje.
Relembrando: nove pessoas viram as imagens e afirmam que o rapaz mostrado é Champinha.
Na unidade, há outros quatro internos, todos com perfis semelhantes. Segundo a secretaria estadual de saúde, eles fazem terapia ocupacional vão a aulas e são tratados por um médico, um psicólogo, dois técnicos de enfermagem e uma assistente social.
O Ministério Público Federal critica o tratamento. Quer o fechamento da unidade e a transferência dos internos
“Eles estão internados sem previsão pra sair e sem tratamento de saúde adequado”, diz o procurador da República Pedro Antônio Machado.
A Secretaria de Saúde disse que a unidade atende aos pré-requisitos estabelecidos pela Justiça e os protocolos médicos para o atendimento dos pacientes.
Champinha aguarda o resultado de um habeas corpus, que será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.
O pedido de liberdade leva em conta, principalmente, um laudo de 2008 do núcleo de Psiquiatria Forense da Faculdade de Medicina da USP.
Esse núcleo acompanhou Champinha e concluiu: o assassino de Liana Friedenbach não apresenta transtorno mental. Ele é uma pessoa normal que não terá benefícios médicos ficando internado.
Mas a avaliação também é clara: diz que não dá para garantir que Champinha nunca mais vá cometer crimes, já que sua periculosidade - ou seja, o quanto ele pode ser perigoso - não está atrelada à sua saúde mental.
“Ele tem um comportamento agressivo e impulsivo”, conta Maria Gabriela Manssur, promotora de Justiça.
O Ministério Público pediu à Justiça que Champinha passe por uma nova avaliação médica, que está marcada para o próximo dia 28, no fórum de São Paulo. O Fantástico antecipa, com exclusividade, algumas perguntas que a perícia terá que responder.
Qual a doença mental de Champinha e suas consequências? Ele pode ter reações impulsivas ou agressivas? A nova perícia vai dizer também se Champinha tem valores éticos e morais suficientes para se conduzir em sociedade.
“No momento, o Ministério Público entende que ele não tem essa capacidade de conviver em sociedade, afirma a promotora de justiça Maria Gabriela Manssur.
Procurada pelo Fantástico, a defensora pública que atende Champinha preferiu não gravar entrevista. O resultado da nova perícia deve sair no começo do ano que vem.
“Vejo como, primeiro, uma tremenda irresponsabilidade de alguém que possa assinar um laudo dizendo que ele está apto para voltar pra sociedade”, diz Ari Friedenbach.

Fantástico: Hoje, a senhora se sentiria segura com o Champinha na rua?
Maria Gabriela: Eu não me sentiria segura e a sociedade não se sentiria segura.



ASSISTA AO VÍDEO DA MATÉRIA:
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/11/imagens-exclusivas-mostram-como-champinha-vive-atualmente.html

FONTE: Rede Globo de Televisão - Fantástico (03.11.2013)

créditos:
img076 - MP Revista - Ministério Público SP
img 085 - Revista Época



Imagens exclusivas mostram como Champinha vive atualmente‏

Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, entrou para a história policial como um dos assassinos mais violentos do Brasil.

Unidade experimental de saúde. Zona norte de São Paulo. Na última sexta-feira, um homem que está internado, cuida da horta e rega as verduras. E é vigiado de perto pelos funcionários.
As imagens foram mostradas para nove pessoas, que conhecem bem o interno. Todas deram a mesma resposta que a promotora de Justiça Maria Gabriela Manssur.
“Sim, é ele. Tenho certeza”, garante a promotora de Justiça Maria Gabriela Manssur.
"Ele" é Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, que entrou para a história policial como um dos assassinos mais violentos do Brasil.
No próximo dia 28, a Justiça começa a decidir o futuro de Champinha - hoje, com 26 anos.
Para ele, que aprendeu a jogar xadrez enquanto esteve na Fundação Casa, a antiga Febem, vai ser o momento decisivo: a hora do xeque mate.
Champinha passará por uma nova perícia judicial e tentará provar que se recuperou, e que tem condições de voltar às ruas, como um cidadão normal.
A partir de informações oficiais de peritos e de profissionais que ficaram frente a frente com Champinha, o Fantástico mostra uma radiografia completa desse assassino.
Champinha passou a adolescência na zona rural de Embu-Guaçu, na grande São Paulo. Era de pouca conversa e arrumava brigas com frequência.
Quarto filho de uma família de cinco irmãos, Champinha ficou em uma escola da região até os 14 anos. Hoje, ela está desativada. Ele não saiu da terceira série. Não sabia ler e mal conseguia escrever o próprio nome. Chegou a ser apontado como integrante de uma quadrilha de desmanche de carros e suspeito de matar um morador de rua.
Foi esse Champinha, aos 16 anos, que encontrou Felipe Caffé e Liana Friedenbach, no início de novembro de 2003, exatos 10 anos atrás.
O casal de namorados tinha ido acampar e foi dominado pelo menor e seus comparsas. Felipe, 19 anos, foi assassinado com um tiro na nuca. Liana, 16 anos, virou refém dos bandidos.
Foram quatro dias de cativeiro em um lugar pequeno, sujo, sem iluminação.
O Fantástico voltou ao local do crime.
Ela foi torturada e violentada também pelos comparsas de Champinha. O menor obrigou que ela caminhasse pela mata, e em seguida, a matou com 15 facadas.
Ari Friedenbach, pai de Liana: Sem sombra de dúvida que foi o pior momento da minha vida. A Liana era uma menina muito alegre, de riso fácil.
Quatro adultos foram condenados. Paulo César Marques, o Pernambuco, pegou a pena maior: 110 anos de cadeia.
Champinha nunca foi a julgamento. Como punição, passou 3 anos na Fundação Casa.
Em setembro de 2006, quando chegava ao fim a medida socioeducativa, psicólogos forenses, do Instituto Médico Legal de São Paulo, deram um diagnóstico: Champinha tem transtorno de personalidade e comete atos irracionais para ter o que deseja, sem dilema e sem culpa.
Segundo os peritos, existe alta probabilidade de Champinha voltar a cometer crimes.
“A sociedade não merece ter pessoas como ele - e não é só ele assim, infelizmente - que precisam ser retiradas do convívio social”, afirma Ari Friedenbach, pai de Liana.
O laudo do IML foi decisivo para que a Justiça determinasse a interdição civil de Champinha, aos 21 anos.
“O estado diz: ‘você não pode cuidar de você mesmo. Eu vou te guardar’”, completa Ari.
A Justiça decidiu ainda pela internação de Champinha em estabelecimento psiquiátrico tinha que ser um lugar para ele se tratar e de onde não conseguisse fugir.
Para cumprir a ordem, o governo de São Paulo criou a Unidade Experimental de Saúde, na zona norte da capital paulista. É onde o assassino confesso de Liana está até hoje.
Relembrando: nove pessoas viram as imagens e afirmam que o rapaz mostrado é Champinha.
Na unidade, há outros quatro internos, todos com perfis semelhantes. Segundo a secretaria estadual de saúde, eles fazem terapia ocupacional vão a aulas e são tratados por um médico, um psicólogo, dois técnicos de enfermagem e uma assistente social.
O Ministério Público Federal critica o tratamento. Quer o fechamento da unidade e a transferência dos internos
“Eles estão internados sem previsão pra sair e sem tratamento de saúde adequado”, diz o procurador da República Pedro Antônio Machado.
A Secretaria de Saúde disse que a unidade atende aos pré-requisitos estabelecidos pela Justiça e os protocolos médicos para o atendimento dos pacientes.
Champinha aguarda o resultado de um habeas corpus, que será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.
O pedido de liberdade leva em conta, principalmente, um laudo de 2008 do núcleo de Psiquiatria Forense da Faculdade de Medicina da USP.
Esse núcleo acompanhou Champinha e concluiu: o assassino de Liana Friedenbach não apresenta transtorno mental. Ele é uma pessoa normal que não terá benefícios médicos ficando internado.
Mas a avaliação também é clara: diz que não dá para garantir que Champinha nunca mais vá cometer crimes, já que sua periculosidade - ou seja, o quanto ele pode ser perigoso - não está atrelada à sua saúde mental.
“Ele tem um comportamento agressivo e impulsivo”, conta Maria Gabriela Manssur, promotora de Justiça.
O Ministério Público pediu à Justiça que Champinha passe por uma nova avaliação médica, que está marcada para o próximo dia 28, no fórum de São Paulo. O Fantástico antecipa, com exclusividade, algumas perguntas que a perícia terá que responder.
Qual a doença mental de Champinha e suas consequências? Ele pode ter reações impulsivas ou agressivas? A nova perícia vai dizer também se Champinha tem valores éticos e morais suficientes para se conduzir em sociedade.
“No momento, o Ministério Público entende que ele não tem essa capacidade de conviver em sociedade, afirma a promotora de justiça Maria Gabriela Manssur.
Procurada pelo Fantástico, a defensora pública que atende Champinha preferiu não gravar entrevista. O resultado da nova perícia deve sair no começo do ano que vem.
“Vejo como, primeiro, uma tremenda irresponsabilidade de alguém que possa assinar um laudo dizendo que ele está apto para voltar pra sociedade”, diz Ari Friedenbach.

Fantástico: Hoje, a senhora se sentiria segura com o Champinha na rua?
Maria Gabriela: Eu não me sentiria segura e a sociedade não se sentiria segura.



ASSISTA AO VÍDEO DA MATÉRIA:
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/11/imagens-exclusivas-mostram-como-champinha-vive-atualmente.html

FONTE: Rede Globo de Televisão - Fantástico (03.11.2013)

créditos:
img076 - MP Revista - Ministério Público SP
img 085 - Revista Época

Imagens exclusivas mostram como Champinha vive atualmente‏

Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, entrou para a história policial como um dos assassinos mais violentos do Brasil.

Unidade experimental de saúde. Zona norte de São Paulo. Na última sexta-feira, um homem que está internado, cuida da horta e rega as verduras. E é vigiado de perto pelos funcionários.
As imagens foram mostradas para nove pessoas, que conhecem bem o interno. Todas deram a mesma resposta que a promotora de Justiça Maria Gabriela Manssur.
“Sim, é ele. Tenho certeza”, garante a promotora de Justiça Maria Gabriela Manssur.
"Ele" é Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, que entrou para a história policial como um dos assassinos mais violentos do Brasil.
No próximo dia 28, a Justiça começa a decidir o futuro de Champinha - hoje, com 26 anos.
Para ele, que aprendeu a jogar xadrez enquanto esteve na Fundação Casa, a antiga Febem, vai ser o momento decisivo: a hora do xeque mate.
Champinha passará por uma nova perícia judicial e tentará provar que se recuperou, e que tem condições de voltar às ruas, como um cidadão normal.
A partir de informações oficiais de peritos e de profissionais que ficaram frente a frente com Champinha, o Fantástico mostra uma radiografia completa desse assassino.
Champinha passou a adolescência na zona rural de Embu-Guaçu, na grande São Paulo. Era de pouca conversa e arrumava brigas com frequência.
Quarto filho de uma família de cinco irmãos, Champinha ficou em uma escola da região até os 14 anos. Hoje, ela está desativada. Ele não saiu da terceira série. Não sabia ler e mal conseguia escrever o próprio nome. Chegou a ser apontado como integrante de uma quadrilha de desmanche de carros e suspeito de matar um morador de rua.
Foi esse Champinha, aos 16 anos, que encontrou Felipe Caffé e Liana Friedenbach, no início de novembro de 2003, exatos 10 anos atrás.
O casal de namorados tinha ido acampar e foi dominado pelo menor e seus comparsas. Felipe, 19 anos, foi assassinado com um tiro na nuca. Liana, 16 anos, virou refém dos bandidos.
Foram quatro dias de cativeiro em um lugar pequeno, sujo, sem iluminação.
O Fantástico voltou ao local do crime.
Ela foi torturada e violentada também pelos comparsas de Champinha. O menor obrigou que ela caminhasse pela mata, e em seguida, a matou com 15 facadas.
Ari Friedenbach, pai de Liana: Sem sombra de dúvida que foi o pior momento da minha vida. A Liana era uma menina muito alegre, de riso fácil.
Quatro adultos foram condenados. Paulo César Marques, o Pernambuco, pegou a pena maior: 110 anos de cadeia.
Champinha nunca foi a julgamento. Como punição, passou 3 anos na Fundação Casa.
Em setembro de 2006, quando chegava ao fim a medida socioeducativa, psicólogos forenses, do Instituto Médico Legal de São Paulo, deram um diagnóstico: Champinha tem transtorno de personalidade e comete atos irracionais para ter o que deseja, sem dilema e sem culpa.
Segundo os peritos, existe alta probabilidade de Champinha voltar a cometer crimes.
“A sociedade não merece ter pessoas como ele - e não é só ele assim, infelizmente - que precisam ser retiradas do convívio social”, afirma Ari Friedenbach, pai de Liana.
O laudo do IML foi decisivo para que a Justiça determinasse a interdição civil de Champinha, aos 21 anos.
“O estado diz: ‘você não pode cuidar de você mesmo. Eu vou te guardar’”, completa Ari.
A Justiça decidiu ainda pela internação de Champinha em estabelecimento psiquiátrico tinha que ser um lugar para ele se tratar e de onde não conseguisse fugir.
Para cumprir a ordem, o governo de São Paulo criou a Unidade Experimental de Saúde, na zona norte da capital paulista. É onde o assassino confesso de Liana está até hoje.
Relembrando: nove pessoas viram as imagens e afirmam que o rapaz mostrado é Champinha.
Na unidade, há outros quatro internos, todos com perfis semelhantes. Segundo a secretaria estadual de saúde, eles fazem terapia ocupacional vão a aulas e são tratados por um médico, um psicólogo, dois técnicos de enfermagem e uma assistente social.
O Ministério Público Federal critica o tratamento. Quer o fechamento da unidade e a transferência dos internos
“Eles estão internados sem previsão pra sair e sem tratamento de saúde adequado”, diz o procurador da República Pedro Antônio Machado.
A Secretaria de Saúde disse que a unidade atende aos pré-requisitos estabelecidos pela Justiça e os protocolos médicos para o atendimento dos pacientes.
Champinha aguarda o resultado de um habeas corpus, que será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.
O pedido de liberdade leva em conta, principalmente, um laudo de 2008 do núcleo de Psiquiatria Forense da Faculdade de Medicina da USP.
Esse núcleo acompanhou Champinha e concluiu: o assassino de Liana Friedenbach não apresenta transtorno mental. Ele é uma pessoa normal que não terá benefícios médicos ficando internado.
Mas a avaliação também é clara: diz que não dá para garantir que Champinha nunca mais vá cometer crimes, já que sua periculosidade - ou seja, o quanto ele pode ser perigoso - não está atrelada à sua saúde mental.
“Ele tem um comportamento agressivo e impulsivo”, conta Maria Gabriela Manssur, promotora de Justiça.
O Ministério Público pediu à Justiça que Champinha passe por uma nova avaliação médica, que está marcada para o próximo dia 28, no fórum de São Paulo. O Fantástico antecipa, com exclusividade, algumas perguntas que a perícia terá que responder.
Qual a doença mental de Champinha e suas consequências? Ele pode ter reações impulsivas ou agressivas? A nova perícia vai dizer também se Champinha tem valores éticos e morais suficientes para se conduzir em sociedade.
“No momento, o Ministério Público entende que ele não tem essa capacidade de conviver em sociedade, afirma a promotora de justiça Maria Gabriela Manssur.
Procurada pelo Fantástico, a defensora pública que atende Champinha preferiu não gravar entrevista. O resultado da nova perícia deve sair no começo do ano que vem.
“Vejo como, primeiro, uma tremenda irresponsabilidade de alguém que possa assinar um laudo dizendo que ele está apto para voltar pra sociedade”, diz Ari Friedenbach.

Fantástico: Hoje, a senhora se sentiria segura com o Champinha na rua?
Maria Gabriela: Eu não me sentiria segura e a sociedade não se sentiria segura.



ASSISTA AO VÍDEO DA MATÉRIA:
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/11/imagens-exclusivas-mostram-como-champinha-vive-atualmente.html

FONTE: Rede Globo de Televisão - Fantástico (03.11.2013)

créditos:
img076 - MP Revista - Ministério Público SP
img 085 - Revista Época

Imagens exclusivas mostram como Champinha vive atualmente‏

Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, entrou para a história policial como um dos assassinos mais violentos do Brasil.

Unidade experimental de saúde. Zona norte de São Paulo. Na última sexta-feira, um homem que está internado, cuida da horta e rega as verduras. E é vigiado de perto pelos funcionários.
As imagens foram mostradas para nove pessoas, que conhecem bem o interno. Todas deram a mesma resposta que a promotora de Justiça Maria Gabriela Manssur.
“Sim, é ele. Tenho certeza”, garante a promotora de Justiça Maria Gabriela Manssur.
"Ele" é Roberto Aparecido Alves Cardoso, o Champinha, que entrou para a história policial como um dos assassinos mais violentos do Brasil.
No próximo dia 28, a Justiça começa a decidir o futuro de Champinha - hoje, com 26 anos.
Para ele, que aprendeu a jogar xadrez enquanto esteve na Fundação Casa, a antiga Febem, vai ser o momento decisivo: a hora do xeque mate.
Champinha passará por uma nova perícia judicial e tentará provar que se recuperou, e que tem condições de voltar às ruas, como um cidadão normal.
A partir de informações oficiais de peritos e de profissionais que ficaram frente a frente com Champinha, o Fantástico mostra uma radiografia completa desse assassino.
Champinha passou a adolescência na zona rural de Embu-Guaçu, na grande São Paulo. Era de pouca conversa e arrumava brigas com frequência.
Quarto filho de uma família de cinco irmãos, Champinha ficou em uma escola da região até os 14 anos. Hoje, ela está desativada. Ele não saiu da terceira série. Não sabia ler e mal conseguia escrever o próprio nome. Chegou a ser apontado como integrante de uma quadrilha de desmanche de carros e suspeito de matar um morador de rua.
Foi esse Champinha, aos 16 anos, que encontrou Felipe Caffé e Liana Friedenbach, no início de novembro de 2003, exatos 10 anos atrás.
O casal de namorados tinha ido acampar e foi dominado pelo menor e seus comparsas. Felipe, 19 anos, foi assassinado com um tiro na nuca. Liana, 16 anos, virou refém dos bandidos.
Foram quatro dias de cativeiro em um lugar pequeno, sujo, sem iluminação.
O Fantástico voltou ao local do crime.
Ela foi torturada e violentada também pelos comparsas de Champinha. O menor obrigou que ela caminhasse pela mata, e em seguida, a matou com 15 facadas.
Ari Friedenbach, pai de Liana: Sem sombra de dúvida que foi o pior momento da minha vida. A Liana era uma menina muito alegre, de riso fácil.
Quatro adultos foram condenados. Paulo César Marques, o Pernambuco, pegou a pena maior: 110 anos de cadeia.
Champinha nunca foi a julgamento. Como punição, passou 3 anos na Fundação Casa.
Em setembro de 2006, quando chegava ao fim a medida socioeducativa, psicólogos forenses, do Instituto Médico Legal de São Paulo, deram um diagnóstico: Champinha tem transtorno de personalidade e comete atos irracionais para ter o que deseja, sem dilema e sem culpa.
Segundo os peritos, existe alta probabilidade de Champinha voltar a cometer crimes.
“A sociedade não merece ter pessoas como ele - e não é só ele assim, infelizmente - que precisam ser retiradas do convívio social”, afirma Ari Friedenbach, pai de Liana.
O laudo do IML foi decisivo para que a Justiça determinasse a interdição civil de Champinha, aos 21 anos.
“O estado diz: ‘você não pode cuidar de você mesmo. Eu vou te guardar’”, completa Ari.
A Justiça decidiu ainda pela internação de Champinha em estabelecimento psiquiátrico tinha que ser um lugar para ele se tratar e de onde não conseguisse fugir.
Para cumprir a ordem, o governo de São Paulo criou a Unidade Experimental de Saúde, na zona norte da capital paulista. É onde o assassino confesso de Liana está até hoje.
Relembrando: nove pessoas viram as imagens e afirmam que o rapaz mostrado é Champinha.
Na unidade, há outros quatro internos, todos com perfis semelhantes. Segundo a secretaria estadual de saúde, eles fazem terapia ocupacional vão a aulas e são tratados por um médico, um psicólogo, dois técnicos de enfermagem e uma assistente social.
O Ministério Público Federal critica o tratamento. Quer o fechamento da unidade e a transferência dos internos
“Eles estão internados sem previsão pra sair e sem tratamento de saúde adequado”, diz o procurador da República Pedro Antônio Machado.
A Secretaria de Saúde disse que a unidade atende aos pré-requisitos estabelecidos pela Justiça e os protocolos médicos para o atendimento dos pacientes.
Champinha aguarda o resultado de um habeas corpus, que será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça, em Brasília.
O pedido de liberdade leva em conta, principalmente, um laudo de 2008 do núcleo de Psiquiatria Forense da Faculdade de Medicina da USP.
Esse núcleo acompanhou Champinha e concluiu: o assassino de Liana Friedenbach não apresenta transtorno mental. Ele é uma pessoa normal que não terá benefícios médicos ficando internado.
Mas a avaliação também é clara: diz que não dá para garantir que Champinha nunca mais vá cometer crimes, já que sua periculosidade - ou seja, o quanto ele pode ser perigoso - não está atrelada à sua saúde mental.
“Ele tem um comportamento agressivo e impulsivo”, conta Maria Gabriela Manssur, promotora de Justiça.
O Ministério Público pediu à Justiça que Champinha passe por uma nova avaliação médica, que está marcada para o próximo dia 28, no fórum de São Paulo. O Fantástico antecipa, com exclusividade, algumas perguntas que a perícia terá que responder.
Qual a doença mental de Champinha e suas consequências? Ele pode ter reações impulsivas ou agressivas? A nova perícia vai dizer também se Champinha tem valores éticos e morais suficientes para se conduzir em sociedade.
“No momento, o Ministério Público entende que ele não tem essa capacidade de conviver em sociedade, afirma a promotora de justiça Maria Gabriela Manssur.
Procurada pelo Fantástico, a defensora pública que atende Champinha preferiu não gravar entrevista. O resultado da nova perícia deve sair no começo do ano que vem.
“Vejo como, primeiro, uma tremenda irresponsabilidade de alguém que possa assinar um laudo dizendo que ele está apto para voltar pra sociedade”, diz Ari Friedenbach.

Fantástico: Hoje, a senhora se sentiria segura com o Champinha na rua?
Maria Gabriela: Eu não me sentiria segura e a sociedade não se sentiria segura.



ASSISTA AO VÍDEO DA MATÉRIA:
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2013/11/imagens-exclusivas-mostram-como-champinha-vive-atualmente.html

FONTE: Rede Globo de Televisão - Fantástico (03.11.2013)

créditos:
img076 - MP Revista - Ministério Público SP
img 085 - Revista Época